sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Blogagem Coletiva Sentimentos / Autoestima


Tenho certeza que auto estima se forma na infância. A forma como as pessoas nos tratam, nas perdas que vivenciamos, nas decepções e frustrações influenciará na maneir que me enxergo. Fui uma adolescente com autoestima baixa, achava-me feia, desengonçada e sofria muito com isso. Meu cabelo me odiava, não tinha jeito, era volumoso, crespo demais. E aí sofria muito com isso. Ninguém me amava, era esse o meu sentimento. Mas chegou um tempo em que me envolvi  com os Grupos de Jovens das Comunidades Eclesiais de Base. Naquela época eles se organizavam como Pastoral de Juventude do Meio Popular (PJMP) e foi com um grupo desses que percebi o valor que eu tinha, a importância que eu tinha no mundo, e mais ainda, descobri que eu era amada por Deus. Não o Deus vingativo e de mão pesada que me mostraram na infância, mas um Deus carinhoso e amoroso que me chamava pelo nome e me convidava para uma missão. E que também me dizia: se você não fizer, não assumir, seu lugar fica vago, porque você é insubstituível. Foi assim que me vi com outros olhos.


Quero que valorize o que você tem,  você é um ser você é alguém tão importante para Deus. Nada de ficar sofrendo angústia e dor nesse seu complexo interior, dizendo as vezes que não é ninguém.



Eu venho falar do valor que você tem .... eu venho falar do valor que você tem
(Música de Amarildo  Filho)
Acho que a adolescência é um tempo de "convulsão". Hormônios aflorados, descobertas,  novidades, mudanças no corpo e na alma. Certamente a ebulição de tudo isso provoca sentimentos muito estranhos. Quando vc tem uma família estruturada, passa por cima disso e segue. Quando não há esse suporte  a tendência é você buscar outros meios de sobreviver. Encontrei essa forma, os grupos de jovens, a Comunidade Eclesial. Outras pessoas fizeram análise, encontraram outra jeito de se encontrar ou amadureceram na marra. Outras se perderam pelo caminho. Foi com o grupo de jovens, que pude seguir uma outra estrada e buscar um novo olhar sobre mim. Isso fez toda a diferença. Foi lá, naquele grupo, que descobri que o mundo era maior que a minha casa e que as dores do povo eram maiores que as minhas e que havia muito por fazer.

Isso foi fundamental para uma mudança de postura diante da vida, dos meus problemas. Foi vendo a importância do  outro que vi como eu era importante. Foi amando os outros que percebi e senti como eu era amada e foi ajudando outros jovens a recuperar a sua autoestima que encontrei a minha. Mas como todo mundo tenho os altos e baixos, dias ensolarados e nublados, mas esse blog e toda a vivência que experimentei e experimento na Comunidade Eclesial, me ajudam a viver cada dia, me aceitar como sou e tentar se r feliz por mim mesma.

E já que estamos falando em auto estima, descobri o blog da  Gisela Rao,  publicitária e jornalista, que lançou o desafio de manter sua autoestima por 365 dias. 

20 comentários:

Manuela Freitas disse...

Olá querida Gi,
Muito se passa nesta vida! Por todas as idades, vamos tendo esse desafio, de ultrapassar certas realidades, para nos sentirmos bem com o corpo que temos e com os sentimentos que os outros nutrem por nós. É uma batalha, mas temos que gostar de nós, se nós não gostamos os outros também não vou gostar! Eu depois cheguei a uma idade, em que comecei a considerar que tudo é relativo e, só tinha que ser eu o mais possível.
Muitos beijinhos,
Manú

Gina disse...

Giovanna,
Não tenho dúvidas da influência que os outros exercem sobre a nossa autoestima. Ainda bem que você encontrou esse grupo, que eleveou a sua e tanto bem gerou em sua vida.
Um ótimo dia pra você!

Socorro Melo disse...

Giovanna!

Seu texto está perfeito. Isso é que é autoestima: a conscientização do nosso próprio valor, a confiança em nós, a aceitação do que somos, com nossos defeitos e qualidades.
Acredito que Deus sempre nos lembra isso: você é única, especial, e se você não vier, seu lugar ficará vazio... Parabéns!

Beijos
Socorro Melo

Beth/Lilás disse...

Bom dia, querida Giovanna!
Você parece-me que achou a saída para o fortalecimento de sua auto-estima e isso é muito bom, um exemplo para muita gente.
Parabéns!
beijos cariocas

Misturação - Ana Karla disse...

Bom dia Gi!

Todos podem encontrar a auto estima.
Assim como você, o amor próprio é que resgata essas falta.

Gostei muito da sua determinação.

Xeros

Deia disse...

Oi Giovana! Partimos da mesma premissa! Ah, a adolescência, tão divisora de águas! Que bom que você encontrou logo um grupo que lhe mostrou as verdadeiras qualidades que devem ser exaltadas no ser humano! Eu tive uma mãe e duas avós tão fortes, tão determinadas, que incutiram esse sentimento de "bom senso" em mim desde nova. Ah! Mas os baixos nos pegam quando nos distraímos! E haja amor próprio para empurramos o fundo da piscina (do poço não, né? Muito dramático!) e emergirmos com convicção de que é com a cabeça fora d'água que devemos permanecer!
Muito bom sua reflexão! Beijos, Deia.

Macá disse...

Giovana
Eu também acho isso, que muito da auto estima que temos hoje, vem lá de trás, da nossa infância; mas o mais importante é tentarmos nos valorizar, procurando meios assim como o que você fez.
Eu não fui sempre assim como sou hoje. Já tive muitos momentos de auto estima bem baixa, mas a vida e o amadurecimento foram me mostrando caminhos que procurei seguir de cabeça erguida e sem tropeços. Hoje tenhos apenas momentos ruins, mas rapidamente procuro me reerguer. Tenho um marido que sempre me valorizou muito e é claro que isso sempre ajuda, não é?
beijos

Tati disse...

Oi Gi, acho a adolescência a pior fase, pelo menos, quando olho para a minha, não sinto a mínima saudade. Pode ser que para muitos seja boa, a minha, não achei. E não me encontrei, como você, durante ela. Esta fase passei perdida em mim... Fui me encontrar já na faculdade. Lá eu fui feliz! Não entrei muito novinha. Já tinha 20 anos, só que era uma moleca! Demorei a amadurecer. Que bom que encontrou seu caminho, e tem feito a diferença.
Enquanto eu te lia lembrei de uma música evangélica, infantil, da Aline Barros, que diz: "Antes de você nascer, Deus pensou em você". Conhece a música? É lindíssima, e diz coisas que você disse aqui. Até do cabelo! hehehe "Os seus cabelos, Deus desenhou, cada detalhe, num toque de amor..."
Adorei! Você faz sim, toda a diferença! Enriquece a minha vida, e muitas outras também!
Beijos.

orvalho do ceu disse...

Olá,Gi
Ótimo dia para a gente refletir sobre nossa conduta pessoal.
A INTEGRAÇÃO do nosso ser é processo que vale a pena!
Harmonia e abraços fraternais
Vc sempre envolvida com a força do Bem. Parabéns!

Glorinha L de Lion disse...

Giovanna querida, ainda bem que a recuperou. Quanto aos dias bons e outros ruins...vou te contar, quem não os tem amiga? Bjs, belo post.

Lu Souza Brito disse...

Gi,

Ontem mesmo eu ouvi isso no Jornal Nacional, falava sobre a formação da auto estima vem da infancia. Crianças que se sentem amadas, acolhidas sao seguras e conseguem vencer os desafios na vida cada dia mais competitivo.
Eu me sentia exatamente como você na infancia. Nunca me senti amada, querida, muito pelo contrario. Isso tem vestígios até hoje. Tenho necessidade de me sentir amada.
Mas na adolescencia fui descobrindo minhas qualidades, sempre tive bons amigos e com isso superei.
É isso querida, cada um descobre seu proprio caminho.
Beijokas

Isadora disse...

Gi, minha amiga, todos nós vivemos essa fase difícil, onde encontramos defeito em tudo, e nos questionamos o tempo inteiro, mas cada um a sua maneira econtra um caminho (ou pelo menos a maior parte) e com o passar dos anos entende o papel que desempenha, o valor que tem, ainda que por vezes tenhamos nossos baixos, né.
Ainda assim, o passar dos anos nos mostra o que na verdade é sério e o que podemos deixar de lado. Aprendemos a nos gostar e aceitar mais.
Um beijo

Cris França disse...

Gi, feliz em poder te chamar de amiga

bjs

Yoyo disse...

Gi, creio que qulquer época da vida a baixa autoestima pode se instalar no coração do ser humano e o primeiro passo nessa direção é deixar de amar a si mesmo.
Beijinhos

Lúcia Soares disse...

Giovanna, acho que todos vivemos de altos e baixos. Ninguém está sempre bem. Esta deve ser nossa procura diária.
Beijos!

Nilce disse...

Oi, Giovanna

Que bom que vc se encontrou.
Eu acho que dias de baixa e alta-autoestima sempre teremos, não é verdade?
O importante é termos força e vontade para renascer.
Que seus dias sejam sempre iluminados.

Bjs no coração!

Nilce

Unknown disse...

Oi Gi!

Adorei sua postagem!
Realmente é difícil e autoestima na adolescencia. Ô tempo dicícil!
AH! Meu cabelo também me odiava!...rsss

Beijos
Lia
Blog Reticências...

Astrid Annabelle disse...

Olá Giovanna!
Os depoimentos enriquecem a vida de todos. E você é uma vitoriosa!
Li com prazer sobre o seu desafio e concluí que se transformou numa mulher exemplar.Parabéns!
Gostei da sua participação.
Um beijo grande e agradecido por compartilhar sua história.
Astrid Annabelle

Cynthia Totus Tuus Mariae disse...

é por isso que eu sempre digo, na hora em que a corda aperta.....Só Jesus na causa!!!
bjo
Cynthia

Maria Lúcia - Asas da Imaginação disse...

Oi Gi! Bom dia!
Auto-estima é um tema belíssimo,pois
Jesus disse que devemos amar ao próximo como a nós mesmos.E como amar o próximo se não nos amarmos, não é mesmo?
Gi, vc escreve muito bem!
Beijocas. Te aguardo para compartilhar conosco como programa suas refeições em família, tá?