Gente, primeiro quero dizer que adorei participar da blogagem coletiva. Que delícia todos aqueles posts com coisas lindas de ver, de cheirar, de sentir, enfim de viver. Mas hoje, quando já estamos na Semana Santa, iniciada com o Domingo de Ramos, eu não poderia deixar de falar com vocês sobre a nossa tradicional culinária para esses tempos. Pois é, o tempo é de jejum e penitência, mas com uma gostosura dessas que se faz por aqui na quinta e sexta-feira da Paixão, não dá pra fazer esses sacrifícios propostos pela Santa Madre Igreja. Eu, apesar de todos os compromissos religiosos que tenho nessa época, celebração de lava-pés, via-sacra, celebração da Luz no sábado santo e a Assembleia de Páscoa, ainda assim, costumo fazer a minha trabalhosa Torta Capixaba.
Somos um Estado cheio de praias, com um litoral magnífico. Além do mais, quando os portugueses chegaram aqui em 1535, encontraram os primeiros habitantes, os índígenas. Imagine então o que herdamos de sabor, de cultura, de belezas e de encantos.
Hoje o marido já foi providenciar o bacalhau e amanhã deverá chegar o palmito in natura. Os outros ingredientes, siri desfiado, camarão fresco, compro na quinta de manhã. Sim a torta é feita com esses produtos e ainda outros. Algumas pessoas colocam também sururu, mas como nem todos gostam na minha casa, evito colocar.
Aqui temos um lugar onde se vende o palmito, autorizado pelo Ibama
A torta é muito gostosa, dá trabalho, mas vale a pena, pois tem um sabor só nosso, aqui do Espírito santo. Pessoas mais simples e sem condição de comprar todos os ingredientes tem uma outra alternativa, pode substituir o palmito por repolho, o bacalhau por peixe salgado, pode ainda usar sardinha e atesto que também fica muito gostosa. O segredo, sem dúvida é a panela de barro, feita ali pertinho no bairro de Goiabeiras, pelas tradicionais paneleiras capixabas. Sempre digo que não acho graça nenhuma em comer torta fora dessa época. Puxa logo quando deveria fazer fazer jejum, cometo o pecado da gula, rsrsrsrs. A receita está aqui e a história desse prato típico e tão antigo está aqui.
E vocês o que costumam fazer na Semana Santa? Qual o prato típico da cidade ou região de vocês? Gostaria muito de saber e até mesmo de receber a receita através do valfre@oi.com.br.
Aos queridos e queridas que passam por aqui deixo o meu abraço carinhoso.
12 comentários:
Nossa deve ser uma delícia!
Acho muito bacana histórias de tradição, ainda mais quando incluem deliciosas receitas... humm
Pois hoje, vivemos no mundo da praticidade, todos compram tudo pronto e não é a mesma coisa.
Eu como sou nova só em idade, adoro preparar quitutes para as pessoas que amo!
Vou ver sua receita!
beijos
Giovanna, nunca tinha visto uma receita assim.
Hummmm adoro crustáceos, peixes.
Será que acerto fazer?
Interesante os costumes diversificados por todo o nosso Brasil.
Mais uma que aprendi.
Olha só, aqui costumamos comer feijão ao côco, quibebe e o tradicionalíssimo bacalhau, clarooo.
Xeros!
Ola. Achei seu blog, gostei e estou seguindo! Segue o meu tambem??
Deixa eu te contar. Minha mãe mora (não é capixaba) em Anchieta. Ano passado, minha tia, que também mora lá, preparou uma moqueca. A torta capixaba ainda não provei, mas não faltará oportunidade.
O palmito fresco só lembro de ter comido uma vez e foi ainda criança. Não me ficou na memória o sabor.
Gosto muito de culinária típica.
Bjs.
Ola,Giovanna.
Sei que o Espirito Santo e um estado de tradicoes e de otima culinaria.Essa sua torta diz tudo sobre as gostosuras que podemos esperar desse seu lindo Estado.So estive ai uma vez,e as praias sao realmente maravilhosas,alem da otima hospitalidade e culinaria que desfrutamos.Tambem participei da blogagem proposta pela Glorinha, e foi otimo e super divertida.Grande abraco.zenaide storino.
Ai menina,
quanta animação! um bom pedaço de torta é tudo de bom. O que me deixa um pouco fadigada é que vejo muito exagero na comelança. Mas, fazer o quê se o trem é gostoso que só não é mesmo?
Bjs
Olá Giovanna,
Posso ir passar a Páscoa contigo,para comer um bocadinho dessa torta, está com um aspecto delicioso!...rsrsrsrsr
Por cá o tradicional é cabrito assado e depois o pão de ló, conheces?
Muitos beijinhos e uma Boa Páscoa,
Manuela
Oiii Gi,
fiquei com água na boca!!!
bjksss
Bom dia Giovanna!
òtimo vc ter contado nossa história! Afinal sou capixaba da gema e fã de tudo que é daqui, inclusive da nossa torta e moqueca. Parabénsa pela postagem.
Apesar de na semana santa eu ser bem categórica em relação ao jejum, que nem sempre precisa ser de comidas, não é!
Abraços e obrigada pela dica do contador estou tentando, mas ainda não consegui e enviei uma pergunta para o seu e-mail.
Giovanna, deixei um selinho pra vc no meu blog. Bjs
Giovanna, deve ser uma delícia...mas não conhecia. Daí só conheço a moqueca capixaba, que aliás, faço muito aqui em casa na panela de barro...fica uma verdadeira delícia...Quanto ao prato típico, acho que aqui no Rio é a feijoada mesmo...não lembro de nenhuma outra...bjs.
Márcia (ou Giovanna),Conheci seu Blog agora e amei. Achei interessante a sua história, e a coragem da sua mãe. Seus artesanatos são lindos, perfeitos... e a torta? Fiquei com água na boca. Parabéns pelo seu lindo trabalho. Grande abraço. Socorro Melo
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